Com o crescente uso da Internet podemos observar a operação de novos comportamentos que são influenciados pelas diversos estímulos e variáveis presentes na Internet, podendo considerar que milhões de variáveis afetam positivamente ou negativamente o comportamento dos usuários, seja na vida pessoal ou mesmo no condicionamento de comportamentos novos no mundo virtual, que muitas vezes podem ser diferentes dos comportamentos emitidos na via real. A influência de novos serviços impostos pelos agentes governamentais direciona para a necessidade e dependência de uma identidade virtual, que muitas vezes em outros serviços podem ser anônimas como em sistemas de relacionamento e comunidade. Essa exposição e dependência do relacionamento com o mundo virtual pode trazer a exposição de comportamentos encobertos de cada usuários e influenciar práticas que resultam na modificação comportamental na via pessoal e online, como por exemplo, comportamentos desviantes como a dependência da internet , perda de produtividade (YouGov, 2007) cyberbullying considerados pelas ameaças físicas e psicologias dentro do mundo virtual ou real, fraudes e crimes cibernéticos.A ciência da análise do comportamento pode colaborar para a adequada condução e manipulação das variáveis nos sistemas online, para que padrões de segurança e análise do comportamento colaborem para o adequado comportamento social no mundo virtual, para a Internet não influence incorretamente no comportamento pessoal de cada individuo. Outra ajuda é o desenvolvimento e pesquisas de sistemas, que avaliam o comportamento dos usuários online e que podem colaborar para a segurança e evolução dos sistemas via Internet, fornecendo uma adequada manipulação das regras e variáveis para que tenhamos uma adequada relação entre a ciência do comportamento humano e os sistemas on-line, podendo agregar estudos sociais e comportamentais, maior rentabilidade para as instituições e uma melhor experiência de vida aos usuários.
Análise do Comportamento na Internet
O uso da Internet na busca de informações de saúde
Análise do Comportamento Humano na Internet
A Internet está rapidamente evoluindo e potencializando a sua capilaridade por meio de produtos e serviços que trazem benefícios acadêmicos, científicos, profissionais e pessoais por todo o globo. A Internet, conglomerado de redes em escala mundial de bilhões de computadores interligados, pode influenciar significativamente o comportamento humano e servir como meio de intervenção para modificação do comportamento, bem como o seu desenvolvimento pode ser influenciado pela ciência da análise do comportamento humano que pode proporcionar uma melhor experiência de vida aos usuários on-line e resultar em avanços tecnológicos. Este artigo traz comentários sobre a relação da análise do comportamento humano e a Internet, discutindo a evolução tecnológica para a realização de intervenção on-line e uma discussão de como a análise do comportamento pode colaborar para o desenvolvimento da Internet. Por mais que as intervenções via Internet provavelmente não substituirão o tratamento pessoal e tradicional, existem poucas dúvidas de que vai crescer em importância como um poderoso elemento de sucesso para tratamentos e modificação do comportamento humano e online.
DESCRIÇÃO: Internet, World Wide Web, análise do comportamento, computadores, tecnologia, comunicação, segurança, ciber-psicologia.
De acordo com (Plaud, 1996) a Internet pode influenciar positivamente a análise do comportamento com três grandes contribuições: (a) troca de informação e comunicação entre analistas do comportamento por servidores de lista de discussão, (b) disseminação de dados empíricos e comentário em blogs e servidores de informação, e (c) promoção de programas e serviços em análise do comportamento. Contudo, com o significante avanço tecnológico nos últimos 12 anos, a Internet atingiu no ano de 2008 mais de 1.4 bilhões (Nielsen//NetRatings, 2008) de pessoas conectadas pelo globo, sendo que no território brasileiro a Internet é utilizada por mais de 58% milhões de usuários e 48% da população brasileira utiliza a Internet em locais públicos e lan houses (Datafolha, 2008). Sendo assim, além dos benefícios da comunicação e troca de informações em tempo real, a Internet provê a oportunidade tecnológica para que os cientistas do comportamento possam superar e endereçar os problemas do mundo real (Plaud, 1996). E a prestação dos cuidados da saúde através da Internet evolui rapidamente e pode produzir potencialmente meios benéficos para complementar e produzir outros tratamentos que podem ser afetados devido as limitações econômicas, socioculturais e geográficas. As pessoas também usam as informações encontradas na Internet para tornar-se mais informadas (Pew Research Center, 2002) e usam os serviços para interagir com o mundo e usufruir dos benefícios e facilidade do mundo online.
Na atualidade os psicólogos necessitam entender e aceitar que a tecnologia está modificando o mundo (Ritterband, L. M., Gonder-Frederick, L. A., Cox, D. C., Clifton, A. D., West, R. W., & Borowitz, S. M., 2003), e precisamos que a ciência da análise do comportamento humano seja parte integrante no desenvolvimento dos sistemas da Internet, uma vez que possamos ser influenciados e podemos influenciar o mundo online, pois o comportamento humano é produto de contingências de reforçamento responsáveis pelos repertórios adquiridos por seus membros, incluindo as contingências especiais mantidas por um ambiente cultural evoluído, em que o processo de seleção por conseqüências presumidamente se inicia no nível do indivíduo, e a melhor maneira de se produzir algo é que esse seja reforçado por suas próprias conseqüências. Também é necessário estudar se a cultura online e o uso dos serviços online de comunidade social evoluem com práticas que contribuem para o sucesso de um grupo praticante em solucionar seus problemas, que se é o efeito do grupo e não as conseqüências reforçadoras para seus membros, o responsável pela evolução da cultura e possíveis influências no mundo online.
Redes sociais e comportamento humano
Nesta época, os usuários eram tão escassos que todos se conheciam, mesmo que por nicknames. Depois, vieram outros serviços como Tribo Internet, Meu Povo, Redes-L, Listas da Esquina, Ansp, Listas BR, Alternex, Elógica, Onelist, eGroups e Makelist. Isso só citando um email recente que trata do tempo em que redes sociais online eram privilégio de poucos.
O cenário mudou muito com o advento da WWW (World Wide Web) em 1990 - quando a internet ganhou uma interface amigável - e mais ainda com a chegada do primeiro browser (navegador) em 1993, pelas mãos de Marc Andreessen, também criador do saudoso Netscape.
No final da década de 90, o brasileiro conectado aderiu em massa aos chats, as famosas salas de bate-papo nas quais todo mundo mentia idade, aparência e, alguns mais ousados, gênero. Nesta época, provedores nacionais usaram e abusaram do serviço, que ganhou adesão em peso e virou mania.
A era da mensagem instantânea, a próxima onda da comunicação virtual, chegou sob a forma de um simpático software chamado ICQ (quem não se lembra do "ôôôôôô)? A resistência a princípio foi grande, principalmente para quem estava acostumado à diversidade das salas de bate-papo e para os remanescentes daquele pequeno universo das BBS.
Depois do ICQ, a comunicação através da internet nunca mais foi a mesma. Para a chegada do MSN Messenger e de semelhantes como Yahoo! Messenger e AIM, foi um pulo. Hoje, 13 ou 14 anos depois do início do uso da internet no Brasil por meros mortais, o Messenger faz parte da vida (e dos computadores) de nada menos que 21,6 milhões de usuários ativos. Se considerarmos que o Brasil tem 30 milhões de internautas (estimativa do Ibope), é possível enxergar o tamanho da adesão ao serviço. Só perdemos em uso do Messenger para os Estados Unidos, que tem mais de 200 milhões de usuários de internet, a maioria com banda larga.
Apesar da larga vantagem, o MSN Messenger ganhou concorrentes de peso, sob a forma de serviços como o Orkut, MySpace, Multiply, Gazzag, etc. Só o Orkut, mais famosa rede de relacionamentos dos tempos atuais, tem 20 milhões de brasileiros cadastrados, um fenômeno que invadiu a mídia, atiçou as polícias e os ministérios públicos federais e estaduais e passou a ser sinônimo de comunicação no ciberespaço.
O Orkut tem muitos atrativos, não há como negar: lá, é possível encontrar parentes que o tempo e a distância separaram, amigos perdidos e colegas de escola. Mas o serviço da Google tem seu lado negativo, e agora todos sabemos disso. Como toda rede social - inclusive no mundo físico - o Orkut expressa o que há de bom e o que há de mau no sociedade. O ser humano é falho, tanto na "vida real" quanto na virtual. A questão é que a liberdade propiciada pela internet e seu suposto anonimato suscitam o surgimento de comunidades criadas tanto para o bem quanto para o mal.
A discussão sobre o lado "podre" do Orkut levou muita gente a caçar alternativas. E elas existem. Da mais conhecida no exterior, a MySpace www.myspace.com, virou febre nos Estados Unidos. Há ainda comunidades que não decolaram como Multiply, Gazaag e Friendster, dentre muitas outras.
A nova febre, no entanto, já deu as caras, mostrou a que veio e já coleciona números impressionantes entre os usuários brasileiros: tendo como precursor o YouTube - serviço de armazenamento e troca de vídeos que também é rede de relacionamento que conecta pessoas pelos seus interesses - a revolução do vídeo veio para ficar.
Seja através de programas de mensagens instantâneas ou serviços de relacionamento social, o brasileiro já provou que também é um ser social na internet. Mais do que isso: ele já provou que quer se comunicar e corre atrás de ferramentas simples e rápidas que propiciem esta comunicação.
Segundo dados recentes do Ibope Net/Ratings, o internauta aqui passa, em média, de 20 horas e 25 minutos mensais conectado. Não é pouca coisa, não. E se considerarmos o potencial da internet em banda larga - já são 4 milhões usando e muitos ainda por adotar - serviços "pesados" como o YouTube - e semelhantes como Videolog.br - prometem ser a nova onda virtual.